quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Dois anos de história


Fê, 
Há pouco mais de dois anos, a maior sequência de coincidências da minha vida fez com que eu conhecesse você. E pensar que até um minuto antes tudo que eu sentia era irritação pelo fato de o meu pai ter prometido me levar de carro na festa e, na hora H, ter me feito pegar ônibus e metrô. Sou orgulhosa demais para agradecê-lo, mas admito que a atitude dele fez parte de quem somos. Um minuto a mais, um minuto a menos, e nada teria acontecido. Nós não teríamos acontecido.
Naquela noite, 10 de setembro, eu desci na estação e, perdida, parei na rua para pedir uma informação. Não fazia a mínima ideia de onde ficava o karaokê que eu deveria ir. Foi o que bastou para nos conhecermos. Vinte minutos depois, a coincidência: fazíamos a mesma faculdade. Eu, caloura, turno da noite. Você, já na linha do Equador, turno da manhã. Como é possível?
E aí então começou a sequência de acontecimentos - alguns dizem coincidência, outros destino, outros que foi a mão de Deus - que deixariam qualquer mãe zelosa de cabelo em pé. Eu simplesmente não encontrei o meu pessoal e a sua amiga, a aniversariante, me chamou para ficar na sala de vocês. A verdade é que minha atração por você foi instantânea e eu nem fiz muita questão de saber onde exatamente era a sala reservada aos meus amigos. Queria conhecer mais sobre você, ficar perto, entender como duas pessoas frequentavam diariamente o mesmo lugar, sem nunca terem se visto e, de repente, se conhecem no meio da rua.
Depois desse dia, começamos a conversar via facebook. Eu tentava procurar você pelos corredores, nas duas vezes em que precisava ir à faculdade de manhã, mas nunca conseguia. Cheguei a chamá-lo de aluno fantasma, lembra? O fato é que pouco a pouco você foi se tornando importante no meu dia, na minha rotina, naquelas três semanas em que nosso único contato era pela internet. Enfim nos encontramos na faculdade, numa sexta-feira, e você pediu o meu telefone. Confesso que no sábado eu passei o dia todo com o celular na mão - e você foi me ligar bem na hora em que eu finalmente larguei o pobrezinho para almoçar. Você diz que entrou no meu perfil, para descobrir do que eu gostava antes de me chamar para sair.... E acertou em cheio.
Apesar do frio, da chuva, dos desencontros - marcamos em um café e você confundiu e apareceu em outro, depois teve que andar vinte minutos na chuva para chegar no lugar certo -, as quatro horas que passamos conversando foram as melhores. E então, nesse sábado, 24 de setembro, finalmente eu tive a certeza de que a minha chance estava ali, bem no momento em que você me beijou. Antes eu só tinha inseguranças - me deixou confusa, filho da mãe!
Uma semana depois, você me pediu em namoro. Desde então não nos separamos mais (graças a Deus!). E, nesse dia 02, eu só tenho a agradecer. Sim, agradecer por todos os momentos em que você esteve ao meu lado, desde o começo (acho que você nem se lembra mais da dor de estômago que tive dois dias depois do café, e que você foi comigo comprar remédio e depois me ligou pra saber como eu estava). Todos os shows, festas da faculdade, festas de família (até os rolês mais indígenas você topa!), momentos felizes, momentos tristes, provas, trabalhos ou férias. Juntos fisicamente ou não. São dois anos de história, que ninguém mais tira de nós. São os melhores dois anos de história da minha vida.
Espero que continuemos assim, amigos, cúmplices, amantes, companheiros acima de tudo, para o que der e vier, pelos próximos dois, cinco, dez, vinte anos, a vida inteira. Você é meu melhor amigo, meu amor, meu anjo da guarda, meu parceiro de gordices e de regime também. Eu te amo demais, tanto que às vezes nem cabe no peito (olha eu aqui chorando outra vez....)! Só queria que soubesse. E, mesmo que algo imprevisível aconteça daqui para frente, saiba que eu vou guardar todos esses momentos comigo, para sempre. Muito obrigada por tudo.

PS. muito obrigada pelo presente hoje. A rosa ficou linda na minha mesa de trabalho (: